segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eleição de Dilma deve incentivar uma maior participação feminina nos postos de comando das empresas

por Marina Gaspar e Lucas Toyama







“Eu gostaria muito que os pais e mães de meninas pudessem olhar hoje nos olhos delas e dizer: ‘Sim, a mulher pode’”. A frase faz parte do primeiro discurso da ex-ministra Dilma Rousseff após a confirmação de sua eleição como a primeira mulher presidente da República no Brasil, ocasião na qual se comprometeu a honrar as mulheres do País para que o fato pudesse se repetir e ampliar em empresas e na sociedade como um todo. Segundo ela, “a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é um princípio fundamental da democracia”, disse a presidente eleita.
A eleição histórica de uma mulher para o posto máximo do País pode ser um sinal de que os avanços das mulheres em posição de liderança estão cada vez mais consolidados, mas também é o momento para que as representantes do sexo feminino avancem ainda mais na carreira.“A eleição de uma mulher naturalmente vai refletir sobre questão das mulheres em posição de liderança, principalmente porque iremos conversar mais vezes sobre o tema. Mas é necessário que ela confirme a capacidade de gestão para tangibilizar o valor agregado”, diz Marlene Ortega, diretora da Universo Qualidade, entidade especializada em treinamentos e eventos corporativos.
Para ela, é importante acompanhar se durante a gestão da nova presidente a situação da mulher no mercado de trabalho vai realmente mudar. “Hoje ainda temos apenas 11 mulheres ocupando o cargo máximo em grandes companhias nacionais e elas ainda recebem 70% do salário dos homens. Precisamos acompanhar esses dados”, diz.
Flora Victoria, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coaching e especialista em treinamento para a liderança, acredita que é possível, sim, que a sociedade passe a ver as mulheres de maneira diferente, mas tudo depende dos resultados que vão surgir. “Na sociedade como um todo, sobretudo no mundo corporativo, há falta de referência de mulheres ocupando altos cargos. Sem dúvida nenhuma, o País ter uma presidente pode alavancar o número de mulheres assumindo grandes postos nas esferas pública ou privada, mas isso também dependerá dos resultados que forem demonstrados por essas mulheres”, diz a especialista.
Laerte Cordeiro, da consultoria em recursos humanos que tem seu nome, concorda: “Dilma leva com ela esse peso da representação feminina no Brasil e todos nós, homens e mulheres, veremos o que ela fará como líder desta nação”. Ele acredita que, se a ex-ministra for uma boa presidente, a sociedade abrirá mais portas para as mulheres em diversas atividades, tanto humanas quanto profissionais. “O mercado de trabalho, que hoje já reconhece, o crescimento das mulheres no universo corporativo, certamente ampliará esse crédito de confiança a partir do exemplo que virá de cima. Porém, se seu governo não for o sucesso que gostaríamos que fosse, é possível que o contingente feminino sofra com isso no futuro, mesmo sabendo que as mulheres profissionais no Brasil merecem louvores pelo que tem sido sua contribuição em décadas recentes”.


Pelo mundo


Com a eleição, Dilma Rousseff se integra a um seleto, porém crescente, time de mulheres poderosas mundo afora, junto de Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, Cristina Kirchner, presidente da Argentina. Ainda no continente americano, Laura Chinchilla se prepara para assumir a Costa Rica. Na África, a única mulher no comando é Ellen Johnson Sirleaf, que preside o governo da Libéria.
Dilma encara, no entanto, um desafio proporcional aos mais de 185 milhões de brasileiros que vai comandar nos próximos quatro anos, o que confere a ela o título de mulher mais poderosa do planeta, como citou o jornal britânico The Independent: dar continuidade a um momento de crescimento econômico no qual o país está sob os holofotes do mundo. “A eleição representa um grande desafio; para qualquer pessoa que assumisse esse cargo já seria um desafio, mas para a primeira mulher a ser presidente do Brasil, muito mais”, diz Flora Victoria


Quebra de paradigma


A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coaching classifica a chegada de Dilma Rousseff à Presidência como uma quebra de paradigma. “Ela mostra que não existe justificativa para as mulheres não conquistarem altos postos. Muitas vezes, as mulheres justificam seu baixo índice de desempenho com frases típicas como: ‘É porque sou mulher’. Agora, ficou evidente que a sociedade como um todo não se interessa mais sobre essa questão de gêneros, desde que a pessoa seja competente e gere resultados”, explica.
E resultados são exatamente o que vão fazer toda a diferença para que o fato de uma mulher ser a autoridade máxima do Brasil impactar positivamente sobre a sociedade. “Quem ganhou foi a Dilma, que quebrou paradigmas e tem méritos próprios para assumir o comando do País. A nova presidente precisará, no entanto, implantar seu estilo de governo e enfrentar o enorme desafio de dar continuidade ao que o Lula fez, com a diferença de que ela não representa essa figura mitológica do Lula. As pessoas hesitarão menos em criticá-la”, explica Marlene.
A especialista considera que o estilo mais duro da nova presidente pode, sim, ser um trunfo na hora de manter o País nos trilhos. “Dizer que uma mulher poderosa durona imita homem não tem fundamento”, diz a consultora. “Ela precisa ser assertiva. Para comandar, seja a presidência ou no ambiente corporativo, a pessoa tem de ser firme. Ao mesmo tempo, precisa ser sensível a determinadas questões, como as mazelas sociais”, completa.



Atenção à trajetória


Para as mulheres que querem crescer e assumir altos postos, a eleição da nova presidente serve principalmente de exemplo. Formada em economia, Dilma Rousseff fez carreira primeiro como assessora de políticos no Rio Grande do Sul. Depois transitou por secretarias municipais e de Estado, até ser alçada ao cargo de ministra de Minas e Energia do governo Lula. Depois, assumiu a Casa Civil. “As mulheres precisam ter consciência de que uma carreira é construída por conhecimento, esforço dedicação e, sobretudo, por meio da minimização das perdas que ocorrem durante o processo”, diz Flora Victoria.
Ela explica que uma mulher que busca ter uma carreira brilhante e se tornar uma alta executiva deve se preparar fortemente e saber lidar com a autossabotagem. “Vimos que uma mulher pode, sim, chegar ao cargo máximo. Mas é preciso mostrar capacidade, o que independe do cargo. O Obama, por exemplo, não está em alta”, completa Marlene.






Fonte: Canal Rh

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aspectos Fundamentais Da Área de RH.

a. As pessoas são diferentes entre si e dotadas de personalidade própria, com uma história pessoal particular e diferenciada, possuidoras de habilidades e conhecimentos, destrezas e competências indispensáveis à adequada gestão dos recursos organizacionais.

b. As pessoas são elementos vivos, impulsionadores da organização e capazes de dotá-la da inteligência, talento e aprendizagem indispensável à sua constante renovação e competitividade num mundo pleno de mudanças e desafios.

c. As pessoas são os parceiros da organização e os únicos capazes de conduzi-la a excelência e ao sucesso.




O enfoque sistêmico em RH pode ser desdobrado em três níveis de análise:



a. Nível de comportamento social – a sociedade como um macrosistema.


b. Nível de comportamento organizacional – a organização como um sistema.


c. Nível de comportamento individual – o indivíduo como um microsistema.


O contexto da área de RH

O contexto da área de RH é, ao mesmo tempo, dinâmico e mutável. A primeira característica desse contexto é a complexidade. A maneira como as pessoas e organizações estão vinculadas para realizar a tarefa organizacional varia enormemente.
A segunda característica é a mudança. O mundo está passando por grandes mudanças e transformações nos aspectos econômicos, sociais, tecnológicos, culturais, legais e demográficos. E essas mudanças e transformações ocorrem de modo cada vez mais veloz e imprevisível.
A convivência entre pessoas e organizações pode ser extremamente eficaz, útil, satisfatória e sinergística dependendo da maneira como as organizações pretendem relacionar-se e interagir com as pessoas que delas fazem parte.









Gestão de RH mais próxima do negócio

Este aumento teve efeito direto na redução da distância entre as prioridades da gestão de recursos humanos com as das empresas (crescimento, redução de custos e melhoria da qualidade, por exemplo): Assim de forma semelhante à empresa o negócio da área de recursos humanos pode ser visto como um composto de produtos e serviços.



E a ação desse negócio define-se em pelo menos cinco sistemas que são:
-Planejamento e controle de RH.


-Suprimento de RH;


-Desenvolvimento de RH;


-Remuneração;


-Relações do trabalho


• O departamento de RH deve ser gerido como um negócio


• Os empregados devem ser encarados como criadores de valor e não como um custo


• A gestão de RH requer medição de desempenho e focalização no cliente


• Os serviços não essenciais de RH deverão ser eliminados


• Os recursos deverão ser providenciados para criar serviços de RH de valor acrescentado


• O departamento de RH deve tornar-se parceiro do negócio e criar novos tipos de serviços


• Os recursos humanos deverão ser geridos com o mesmo vigor que os custos de capital



Num mundo globalizado como o que vivemos, diante da grande competição entre as empresas, uma boa gestão de recursos humanos tornou-se um diferencial e uma vantagem competitiva, afinal, mais importante do que a tecnologia, são os recursos humanos envolvidos nos projectos, pois são estes que conseguem realmente fazer a diferença e utilizar de forma eficaz à mesma tecnologia que está ao dispor de todos.
Sabemos que os recursos humanos são a essência de qualquer negócio.
O segredo do sucesso de qualquer empresa, é manter os colaboradores motivados, os clientes satisfeitos e garantir resultados para os accionistas. A fórmula até parece simples e eficaz!!! A questão é, porque é que a maior parte das empresas não a consegue aplicar? Porque não é simples como parece. É que para fazer a “poção mágica” são precisos muitos ingredientes e temperos especiais para cada caso.
O “sobe e desce”, as eternas interrogações sobre o futuro e o valor das pessoas nas empresas não são mais do que sinais de virada da nossa sociedade.
Tratar as pessoas como meros recursos é simplesmente tentar coisificar, padronizar e unificar o seu papel nas organizações. Isso já se foi. Hoje, as pessoas deixaram de ser recursos ou ativos da organização para se transformarem em seus parceiros capazes de proporcionar a vida e o sucesso organizacional.
No mundo dos negócios de hoje, a produção de bens e serviços não pode mais ser desenvolvida por pessoas que trabalham isoladas e individualmente.
Quanto mais industrializada é a sociedade, tanto mais ela depende de organizações para atender às suas necessidades e aspirações. Além disso, as organizações provocam um tremendo e duradouro impacto sobre as vidas e sobre a qualidade de vida das pessoas. A razão é simples: as pessoas nascem, crescem, vivem, são educadas, trabalham e se divertem dentro das organizações. Sejam quais forem os seus objetivos – lucrativos, educacionais, religiosos, políticos, sociais, filantrópicos, econômicos etc. -, as organizações envolvem tentacularmente as pessoas, que se tornam mais e mais dependentes da atividade organizacional.
À medida que as organizações crescem e se multiplicam, elas requerem maior número de pessoas e maior se torna a complexidade dos recursos necessários à sua sobrevivência e ao seu crescimento.
O contexto em que funciona a área de Recursos Humanos (RH) é representado pelas organizações e pelas pessoas que delas participam. As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. Para as pessoas, as organizações constituem um meio pelo qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um mínimo custo de tempo, esforço e de conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais poderiam ser alcançados apenas por meio do esforço pessoal isolado. As organizações surgem exatamente para aproveitar a sinergia dos esforços de várias pessoas que trabalham coordenadamente e em conjunto.



RECURSOS HUMANOS COMO NEGÓCIO.

Recursos Humanos é o departamento da organização, que abrange todas as políticas e práticas voltadas para as pessoas que compõe a organização, ou seja, seus colaboradores.

Gestão de Recursos Humanos refere-se a administrar e desenvolver pessoas, buscando garantir satisfação e qualidade de vida aos trabalhadores, e consequentemente harmonizar o clima organizacional através de uma gestão de Recursos Humanos eficaz.

Conceituar a importância dos Recursos Humanos em relação ao propósito da organização é valorizar seus colaboradores, é ter as pessoas como parte integrante da organização, tendo em mente que uma organização não se faz sem pessoas comprometidas, satisfeitas e que se sintam valorizadas como parte fundamental da organização.

O sucesso de uma empresa depende dos seus valores humanos, precisa-se da qualificação desses recursos, para atingir a eficácia organizacional.

Não adianta ter visão, missão se isso não for difundido entre seus colaboradores.

Na Nova Economia, as empresas estão a ficar mais dependentes dos departamentos de recursos humanos (RH).

Diante do aumento da importância do RH nas empresas, identificam-se como fatores principais a maior mobilidade no trabalho e as novas tecnologias. Devido à escassez de talentos no mercado de trabalho, o sucesso empresarial assenta cada vez mais no recrutamento, na formação e na retenção dos melhores profissionais. Por sua vez, a constante mudança tecnológica origina uma contínua alteração dos processos de negócio e respectivos conhecimentos especializados. Prova disso são as prioridades da gestão de recursos humanos que são: desenvolvimento da liderança, mudança cultural e organizacional, comunicação interna e recrutamento.